Poente em Barcelona: O Poeta e a Cidade
O sol se põe sobre Barcelona,
e Gaudí parece despertar,
nas cores vivas da tarde plena,
um mosaico se começa a formar.
Nas tintas do crepúsculo em flor,
vejo a beleza a caminhar,
como se a mão de algum pintor
fosse o próprio céu a desenhar.
O laranja, o roxo, o céu dourado,
se misturam na tarde calma,
e sinto em cada traço dado
a arte viva dentro da alma.
O poente é breve, mas fascina,
tal qual a arte, sem final,
que nasce, morre, e se ilumina,
numa tela eterna e universal.
Barcelona, entre o céu e o chão,
é arte pura a respirar,
e o sol, que morre na sua vastidão,
é como uma musa que nos vem beijar.
Paulo Brites
Setembro 2024
Barcelona - Poemas - Paulo Brites

0 Comentários