Silente, o olhar tece histórias sem som
No olhar, um mundo em segredo,
onde se desvendam mistérios sem voz,
em cada centelha, um mar de emoção,
que desnuda a alma em pura afeição.
Silente, o olhar tece histórias sem som,
teatro onde a alma repousa,
em cada piscar, um capítulo, um dom,
que revela o que a língua oculta ousa.
Palavras, como pássaros, podem voar,
mas o olhar transcende a fala,
no espelho da alma, um mundo a brilhar,
e nas entrelinhas da expressão, a saga.
Assim, tal como o mestre, no seu ser,
na multiplicidade de olhares se viu,
e em cada gesto, um verso a tecer,
onde o silêncio fala, e a alma fluiu.
Paulo Brites
Março/2024
Consuegra - Toledo - Castilla-La Mancha - Espanha - Paulo Brites - Poemas
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