O verso e reverso do amor
No reverso do corpo, fazemos um verso,
entrelaçam-se as almas num abraço intenso,
palavras de desejo, em sussurros confessos,
poema de paixão, onde o amor é imerso.
No reverso do corpo, somos poetas,
escrevendo histórias com mãos e suspiros,
e os beijos húmidos que vão surgindo,
são as estrofes a pedir abrigos.
Na pele, a tinta dos nossos desejos,
em cada arrepio, uma palavra se escreve,
segredos murmurando pelas mãos
para uma dança de corpos em suspiros.
Assim, no verso e reverso do tempo,
a paixão se eterniza a cada verso,
e no reverso do corpo, entre lençóis,
somos poesia viva, amor intenso.
Paulo Brites
Março/2024
Alentejo - Paulo Brites Poemas
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