Amo-te, mas de nada me adianta
saber de onde vem esse querer;
És mar de marés que não se espanta,
e eu barco à deriva no teu ser.
Amo-te porque a vida me ensinou
que o amor é assim, feito de nada;
De um toque de vento, de uma estrada
que sem ter fim, no peito se fechou.
És tudo o que há de vão e necessário,
a sede e o copo que nunca esgota,
o passo incerto e o riso que demora
e, amar-te é saber que é solitário,
ser rio que corre e nunca volta,
mas que em cada curva, te namora.
Paulo Brites
Out/2024
Cádiz - Andaluzia - Poemas - Paulo Brites
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