Um Poema ao Crepúsculo no Alqueva
Nas águas calmas do Alqueva, espelho vivo,
o sol descansa em tons de despedida,
e o Alentejo, em silêncio contemplativo,
recebe a noite, que já se insinua erguida.
O campo estende-se em ouro suavizado,
onde a planície e o céu se encontram só,
e neste instante, tudo é enlaçado,
num abraço de luz, num último nó.
Amor por ti, Alentejo, vastidão sem par,
onde o tempo se alonga e o mundo é inteiro,
e o horizonte é promessa de voltar.
Neste silêncio, sinto o teu candeeiro,
que me guia, sereno, a sempre te amar,
minha terra, meu lar, meu sol derradeiro.
Paulo Brites
Agosto 2024
Lago de Alqueva - Alentejo - Paulo Brites - Poemas

0 Comentários