Voar sem asas, eis o destino do ser que ousa sentir

 
Voar sem asas, eis o destino do ser que ousa sentir

Voar sem asas, eis o destino do ser que ousa sentir

Nos ventos da vida, há o sopro do mistério,
a cada brisa, o mundo se desdobra em alvorada,
e o que somos, senão sombras vagueando no etéreo?
Onde a ousadia se faz luz, sem medo ou espada.

A genialidade da existência é um sonho sem mapa,
uma estrela perdida no céu, em constante expansão,
é a imaginação que, sem corpo, se escapa,
e se lança no espaço, em total devoção.

Voar sem asas, sem forma definida,
eis o destino do ser que ousa sentir,
e sem preconceito, o olhar se alarga e convida
ao envolvimento profundo, ao eterno porvir.

É no abismo sem fundo que se cria o momento,
onde o nada é tudo e o tudo é impreciso,
gerando o desenvolvimento em sutil movimento,
e a vida, por fim, se revela um doce improviso.

Ah, se soubesse o mundo que a liberdade é sonho,
que o voo é possível sem fronteira ou chão,
veria, no vento, o poema que componho,
e em si, descobriria a pura razão.

Assim, nos ventos da vida, sigo a sonhar,
com a leveza de quem se permite fluir,
pois o segredo do voo é apenas ousar,
sem asas, sem medo, e sem desistir.

Paulo Brites
Agosto/2024

Peniche - Poemas - Paulo Brites Poesia 

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