O olhar a beleza do Cheiro

 
O olhar a beleza do Cheiro

O olhar a beleza do Cheiro

Na sinfonia das flores, uma se destaca,
não pela beleza que os olhos encanta,
mas pela humildade que em si compacta,
a flor mais feia do jardim se levanta.

No meio de cores vibrantes e exuberantes,
ergue-se, modesta e discreta,
não procura os louros dos aplausos distantes,
mas vive a sua essência, simples e completa.

Assim como a esperança, ela floresce,
não pela aparência que encanta os sentidos,
mas pela força onde o seu âmago se aquece,

no seu cheiro, o maior dos encantos escondidos,
há um propósito que se enaltece,
o sentido que transcende os olhares dos perdidos.

Paulo Brites
Abril/2024


Mértola - Alentejo - Poemas - Paulo Brites

Enviar um comentário

0 Comentários