Não é a natureza que está doente
No fundo, não é a terra que adoece,
nem o céu que chora em pranto de agonia,
é o ser humano que na sua insensatez,
perde-se no ego, em vã filosofia.
A natureza, no seu eterno ciclo,
segue o seu curso, alheia às nossas dores,
enquanto o homem, no seu desatino,
despreza a vida e semeia dissabores.
Não são os campos, nem os rios que gemem,
são sim os corações que perdem a calma,
poluindo o ar, os mares e os poemas.
Ó, homem, desperta dessa letargia,
reconhece em ti a verdadeira chaga
e cura-te, enfim, com amor e sabedoria.
Paulo Brites
Março/2024
Paulo Brites Poemas - Espanha - Andaluzia - Huelva - Rio Tinto
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