Queria fazer um poema ao Albaicín, mas é poesia sem fim!
Queria fazer um poema ao Albaicín,
mas as minhas palavras teimam em faltar,
a sua beleza é como um doce festim,
que a alma enche de encanto e a faz voar.
Queria fazer um poema ao Albaicín, mas é labirinto sem fim!
Cada verso é uma viagem, uma jornada singular,
e nessa imensidão de encantos, sinto-me assim,
embevecido pelo Albaicín, tesouro a desvendar.
Queria fazer um poema ao Albaicín, doce fantasia!
Mas ele é poesia em si, uma rima repleta de magia,
e no meu coração, para sempre, será poesia.
O Albaicín, encanto de Granada, pura melodia.
Queria fazer um poema ao Albaicín, mas é encanto sem fim!
Em cada estrofe, um pouco desse jardim,
no coração, a inspiração se nutre assim,
e o Albaicín, eternamente, será parte de mim.
Queria fazer um poema ao Albaicín, sem hesitar!
Mas diante de tanta beleza, minh'alma se encanta,
o rapaz que canta o flamenco a ecoar,
herdeiro dos poetas árabes, que a sua arte agiganta.
Queria fazer um poema ao Albaicín, mas é poesia sem fim!
No eco dos cantos flamencos, a alma se aquieta enfim,
e nesse emaranhado de encantos, minha alma se perde assim,
e o Albaicín, eternamente, é um universo que não tem fim.
Queria fazer um poema ao Albaicín, mas é mistério!
Como retratar em versos a essência deste lugar?
Em cada pedra, uma história, uma alma que suspira,
e o poeta procura, em vão, palavras para se expressar.
Paulo Brites
Agosto de 2023
Granada - Andaluzia - Poemas - Paulo Brites

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