Se eu fosse Pessoa, o poeta
Se eu fosse Fernando Pessoa, o poeta,
seria o mar a meus pés, infinito,
em cada onda, um verso aflito,
na vastidão da alma, a procura completa.
Seria o ser múltiplo e discreto,
heterônimos em mim, tão bonito,
cada qual com seu próprio mito,
em versos que revelam o que é secreto.
Ah, como Pessoa, eu me entregaria,
à escrita, à dor, à alegria,
e em cada palavra, eu me encontraria,
e na esplanada (de uma aldeia) a alma se expandia,
e em cada verso,
seria a essência pura da poesia.
Paulo Brites
Julho de 2023
Tomar - Portugal - Paulo Brites - Poemas

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