O azul, refúgio dos sonhos dispersos
No azul que se estende ao longe e profundo,
reflete-se um eco no pensamento calado,
matiz que abraça o céu, misterioso segundo,
em cada sombra, um verso, um fado.
Nuances dançam nesse rito celeste,
cada tonalidade, um segredo a revelar,
como as máscaras que ocultam o oeste,
em cada sombra, um poeta a imaginar.
O azul, refúgio dos sonhos dispersos,
povoado de quimeras que ecoam,
e o poeta, em versos diversos,
tece poesias onde os sentires voam.
Assim, no azul que a mente enlaça,
sob o olhar do Poeta, em devaneio,
cada sombra é um verso que abraça
a eternidade de um sentimento alheio.
Paulo Brites
Dezembro de 2023
Ponte de Sor - Alentejo - Portugal

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