Um poema ao “acaso”
Ao ocaso do dia, o sol declina,
num poente dourado e sereno esplendor,
na alma, a melancolia se afina,
tal qual como o poeta a vestir-se de cor.
O poeta, em mim, ecoa a prosa,
das palavras que nascem como ondas do mar,
no céu que se pinta de tons de rosa,
versos se entrelaçam no eterno flutuar.
Ó alma inquieta, de múltiplas faces,
como o poente, reflete o desencontro,
e a saudade se mistura em mil fases.
Tu, sol poético, eterno solitário,
te espelhas no meu ser como poesia,
e em versos, eternizas o meu fadário.
Paulo Brites
Julho de 2023
Lago de Alqueva - Monsaraz - Alentejo - Poemas - Paulo Brites

0 Comentários